PARÓQUIA DE PRISCOS

PARÓQUIA DE PRISCOS

A paróquia de Priscos integra atualmente a zona pastoral Oeste/Veiga do Arciprestado de Braga. Já desprovida dos seus alargados domínios e rendimentos, que a distinguiam das demais unidades paroquiais e que obrigavam o seu titular a um concurso para garantir o lugar, é hoje reconhecida precisamente pelo labor dos seus afamados Abades.

Tendo como seu orago São Tiago Maior, um dos apóstolos de Jesus Cristo, que se tornou especialmente popular no noroeste peninsular devido à invenção do seu túmulo na cidade galega de Compostela, que sucedeu no decorrer do século IX e que provocou o surgimento de itinerários de peregrinação, como seria o caso do caminho medieval que passaria por Priscos e fundaria aqui aquela evocação.

Paróquia de apresentação da Mitra, o que significava que o seu Abade procederia de uma nomeação pelo Arcebispo Primaz e por ele, ou seu imediato representante, deveria ser efetuada a visitação, sublinhava a sua relevância entre as demais paróquias circunvizinhas.

A relevância da titularidade da Paróquia de Priscos entrevê-se particularmente na sua dimensão territorial e eclesial. Com duas paróquias anexas, São Tomé de Moimenta e São Mamede de Sezures, Priscos destacou-se em prestígio e, particularmente, nos rendimentos possibilitados ao seu Abade Colado. Beneficiou durante a Idade Moderna de uma elevada côngrua, variando, segundo as fontes, entre os 300 e os 800 mil réis.

A paróquia de Moimenta seria extinta e unida definitivamente à de Priscos no ano de 1599. Por sua vez, a paróquia de Sezures obteria autonomia e presentemente é uma unidade administrativa e pastoral de Vila Nova de Famalicão.

A paróquia de Priscos integra atualmente a zona pastoral Oeste/Veiga do Arciprestado de Braga. Já desprovida dos seus alargados domínios e rendimentos, que a distinguiam das demais unidades paroquiais e que obrigavam o seu titular a um concurso para garantir o lugar, é hoje reconhecida precisamente pelo labor dos seus afamados Abades.

Tendo como seu orago São Tiago Maior, um dos apóstolos de Jesus Cristo, que se tornou especialmente popular no noroeste peninsular devido à invenção do seu túmulo na cidade galega de Compostela, que sucedeu no decorrer do século IX e que provocou o surgimento de itinerários de peregrinação, como seria o caso do caminho medieval que passaria por Priscos e fundaria aqui aquela evocação.

Paróquia de apresentação da Mitra, o que significava que o seu Abade procederia de uma nomeação pelo Arcebispo Primaz e por ele, ou seu imediato representante, deveria ser efetuada a visitação, sublinhava a sua relevância entre as demais paróquias circunvizinhas.

A relevância da titularidade da Paróquia de Priscos entrevê-se particularmente na sua dimensão territorial e eclesial. Com duas paróquias anexas, São Tomé de Moimenta e São Mamede de Sezures, Priscos destacou-se em prestígio e, particularmente, nos rendimentos possibilitados ao seu Abade Colado. Beneficiou durante a Idade Moderna de uma elevada côngrua, variando, segundo as fontes, entre os 300 e os 800 mil réis.

A paróquia de Moimenta seria extinta e unida definitivamente à de Priscos no ano de 1599. Por sua vez, a paróquia de Sezures obteria autonomia e presentemente é uma unidade administrativa e pastoral de Vila Nova de Famalicão.

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A atual Igreja Paroquial e seu Passal recuam ao final do século XVIII e estarão fundadas no mesmo lugar da primitiva sede paroquial e vetusta residência dos senhores de Priscos.

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A atual Igreja Paroquial e seu Passal recuam ao final do século XVIII e estarão fundadas no mesmo lugar da primitiva sede paroquial e vetusta residência dos senhores de Priscos.

A IGREJA E SEU PASSAL

A Igreja Paroquial de Priscos, elevando-se no coração da freguesia, é resultado de uma reedificação efetuada no final do século XVIII. Em estilo neoclássico simples, forma com a Casa Paroquial o centro nevrálgico do território priscense. Mantendo a ancestral orientação dos templos cristãos, atesta a sua ancestralidade e concede-nos indícios a respeito da primitiva sede espácio-temporal da comunidade.

Dominando uma pequena elevação, o templo paroquial situa-se no coração da freguesia, numa posição de domínio sobre o território circundante. No seu flanco poente encontra-se a residência paroquial e seu prolongado passal. A nordeste está desde o último quartel do século XIX, o cemitério da freguesia. Centro cívico da comunidade, no seu entorno foram surgindo os principais espaços de convivência como os cafés, a escola primária, e até uma capela devotada ao Senhor dos Passos.

A escassos metros da Igreja localiza-se o lugar da Torre, plausível indício do espaço-sede residira o senhor de Priscos, que poderá ter dado lugar ao atual passal da paróquia. Com a ausência do poder feudal, que terá sucedido ao período medieval, o poder temporal terá transitado naturalmente para o seu Abade, à imagem do que sucedeu em muitas comunidades rurais do Entre-Douro-e-Minho.

Numa visitação à paróquia realizada em 1767 se ordenou ao Abade que providenciasse o enterramento de uma escultura de São Sebastião no interior da igreja, por esta se encontrar “indecentíssima”, “pobre” e por se achar “carcomida toda a madeira de que foi feita”. Ainda hoje a paróquia conserva esta evocação no altar de Santo António. Recorde-se que o culto a São Sebastião tornou-se muito frequente no decorrer da Idade Média, pelo facto de ser especial intercessor no tempo de fomes, pestes e guerras.

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As deficientes condições da paroquial de Priscos foram ficando sublinhadas nos relatórios elaborados pelos sucessivos visitadores desde meados do século XVIII. A exiguidade do espaço tornou imperativo que o sacerdote passasse a fazer as homilias no exterior do templo, de forma a que os fiéis pudessem acompanhar devidamente a explanação dos textos sagrados.

Alguns anos mais tarde se toma a paroquial priscense como “prisca, pequena e escura”, um indício das dificuldades provocadas pela exiguidade do espaço para praticar os ofícios divinos. Em outubro de 1790, o padre visitador insiste na necessidade de ser construída uma torre sineira, dado que “os sinos se não ouvem nos lugares mais remotos da freguesia”.

Dado que a provisão para se benzer a igreja de Santiago de Priscos data de 28 de junho de 1798, sabemos que a atual versão do templo datará desse período. É muito provável que o anterior templo se encontrasse no mesmo espaço do atual. A orientação nascente-poente com que está erigido indicia a existência de um anterior templo neste local, dado que no século XVIII já estava em desuso esse normativo. Essa orientação, que foi canónica até ao século XVI, permite-nos inferir a respeito de uma ancestral sacralização do local.

As obras de construção da nova igreja iniciaram-se em 1796, tendo-se prolongado ao longo de quatro anos.

A 22 de outubro de 1976 o Juiz da freguesia solicitou ao Visitador autorização para dar início às obras da nova igreja “porque já tinham planta com escritura de ajuste” e pretendiam aproveitar um generoso donativo de “3.000 cruzados” oferecido por um priscense emigrado nos Estados Unidos, destinado a auxiliar as obras da igreja, um valor significativo no contexto socioeconómico da época. Em 1797 o relatório do visitador menciona a necessidade de terminar “com possível brevidade” a obra da “capela maior que se acha principiada”.

Outro dado que possuímos referente ao templo é a edificação da sua torre sineira, cujo processo de construção é mencionado como urgente em 1790, no entanto apenas é construída no ano de 1800, dois anos após a conclusão do corpo do templo, tendo sido o seu autor José de Sousa (Rocha, 2012: 355). Na mesma empreitada incluiu-se também a construção da sacristia, embora a sua cobertura apenas tenha sido terminada oito anos depois.

Priscos cumpria desta forma, no final do século XVIII, a instrução emanada nas Constituições Sinodais de 1697, que obrigava as comunidades a deterem uma paroquial devidamente capacitada para administrar os sacramentos aos seus fiéis, na qual não deveria faltar um campanário com o seu sino.

Pela data assinalada na provisão poderemos também pressupor que a bênção do novo templo, momento de especial júbilo para a comunidade, terá coincidido com a celebração do padroeiro da freguesia, São Tiago, que se assinala a 25 de julho. Também desconhecemos se terá contado com a presença do Arcebispo Primaz de então, D. Frei Caetano Brandão (1790-1805), embora seja plausível admitir.

De arquitetura simples e com poucos ornamentos, a Igreja de Priscos destaca-se pela geografia em que está implantada.

Na fachada, além de duas placas referentes à paroquialidade do Abade Artur Lopes dos Santos, exibe-se dois conjuntos azulejares em honra das duas principais devoções priscenses: São Tiago e Nossa Senhora do Livramento.

O interior do templo, com uma capacidade que não chegará às duas centenas, apresenta cinco retábulos, um retábulo-mor, dois colaterais e outros dois, de menor dimensão, todos em estilo neoclássico tardio e policromados, onde se exibem imagens com as principais devoções da freguesia.

No retábulo-mor, além da imagem de Cristo crucificado, ao centro, venera-se lateralmente a imagem de São Tiago Maior, orago da freguesia, e de São Pedro. No retábulo colateral, do lado do Evangelho, encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Livramento, a mais importante escultura de arte-sacra existente no templo. No altar colateral do lado da Epístola expõe-se a imagem de Santo António.

No epílogo do corpo do templo erguem-se outros dois altares, de menores dimensões, mas em estilo similar, devotados a Nossa Senhora da Saúde, no lado do Evangelho, e ao Sagrado Coração de Jesus, na face oponente. Ambos foram aqui colocados na segunda metade do século XX. O retábulo do Sagrado Coração de Jesus foi uma iniciativa do padre Manuel Joaquim Machado Rebelo, que introduziu esta devoção na freguesia, juntamente com a delegação do Apostolado da Oração. O retábulo de Nossa Senhora da Saúde foi uma iniciativa do padre Artur Lopes dos Santos efetuada no início da década de 1940.

No teto, pintado em 1824 e restaurado entre 1994 e 1996, apresenta-se a figura de São Tiago Maior em destaque, enquadrada com a iconografia dos quatro evangelistas nos seus ângulos e complementada com a ilustração das fachadas da Sé Primaz e da Catedral de Santiago de Compostela.

O seu adro, amplo e espaçoso, é definido a nascente pela fachada do templo e a poente pela Casa Paroquial, formando um conjunto com relativa proporção e simetria.

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Possivelmente a Casa Paroquial terá sido alvo de uma reedificação na mesma data do templo. Com dois pisos e uma escadaria de acesso à entrada principal, protegida por um alpendre, na fachada destaca-se uma imagem de Santiago esculpida em pedra-de-Ançã, aparentando ter origem renascentista, que poderá ter pertencido à primitiva igreja paroquial. A Casa detém o seu alçado anterior voltado para o seu passal.

CRONOLOGIA

CRONOLOGIA

NO CAMINHO DE SANTIAGO

O orago da paróquia de Priscos é, desde sempre, São Tiago Maior, o apóstolo de Jesus Cristo que fez surgir um dos maiores lugares de peregrinação da Cristandade, cujos caminhos foram responsáveis pela definição do território de todo o noroeste peninsular. Apesar de não integrar o itinerário mais percorrido, sobram poucas dúvidas do vínculo de Priscos à peregrinação jacobeia através de um outro percurso cujos indícios permanecem. Era em Priscos que se cruzava o rio Este através da Ponte do Crasto e se fazia caminho até Braga, após passagem por Rates e Arnoso na rota iniciada em Vila do Conde.

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O período áureo das peregrinações a Santiago de Compostela sucedeu no decorrer da Idade Média e terá sido nesse momento que terá surgido o trajeto que, cumprindo uma das suas etapas em Priscos, ligava Vila do Conde à cidade de Braga, onde se juntava ao caminho principal. Esta hipótese, ainda não devidamente estudada, aparece-nos a partir do testemunho de José Manuel Ribeiro exposto por José Campos Ferreira.

Tem sido aventada a existência de um caminho transversal que ligava Vila do Conde a Braga, passando por Rates, lugar onde se encontrava o túmulo do mítico primeiro Bispo bracarense, S. Pedro de Rates, seguindo depois para a cidade de Braga, onde decorreria a imperativa visita à Sé Primaz.

Não há garantias do seu exato traçado, mas subsistem diversos indícios de algumas das suas etapas, além de Priscos e de um cruzeiro em Santa Maria de Arnoso. O Cruzeiro do Lugar da Quinta é um dos testemunhos desse caminho alternativo tomado pelos peregrinos de Santiago e que atravessaria Priscos. Datado de 1564, apresenta-se com uma coluna adornada com uma Pietá numa das faces e São Tiago, com um resplendor em forma de vieira, na outra face.

Antes disso certamente gozariam das benesses do Mosteiro de Arnoso, seguindo depois ao longo do regato rumo ao Cruzeiro da Quinta, situado na encruzilhada dos caminhos, sucedendo-se a travessia de caminhos agrícolas até Tebosa, que foi sede de um mosteiro medieval devotado a S. Salvador, continuando o caminho até Priscos, onde cruzavam o rio Este, seguindo até à cidade de Braga, a partir da qual tomariam o caminho principal na direção de Ponte de Lima.

Como sabemos os caminhos para Santiago de Compostela seguiam normalmente as principais vias de comunicação, onde o percurso se tornava mais célere e proporcionava as condições ideais para buscar hospedagem, água ou alimentos, sendo frequente a passagem por mosteiros, onde seriam acolhidos, e outros espaços de devoção emblemáticos. Apesar disso, coexistiam outros itinerários alternativos que percorriam outros lugares e, em determinado momento se vinculavam aos caminhos principais.

Este caminho teria sido o mais frequente para quem provinha do litoral da Arquidiocese de Braga até ao início do século XIV, momento em que a construção da ponte de Barcelos acabou por fortalecer o itinerário barcelense.

Além dos mosteiros, que funcionavam como albergues para os peregrinos, um dos elementos fundamentais era a travessia dos rios, dado que as pontes ou os embarcadouros apenas existiam em determinados lugares das suas margens. Por isso mesmo, localidades como Barcelos ou Ponte de Lima se destacaram como etapas fundamentais do Caminho de Santiago no Entre-Douro-e-Minho.

Apesar do rio Este não se revelar por deter um vigoroso caudal, nas épocas da invernia obrigava a um atravessamento estável, tal como seria proporcionado na ponte românica do Crasto, hoje conhecida pelas suas Alminhas, que era proporcionada na travessia de Priscos.

Com o declínio do fluxo de peregrinos que sucedeu à Contra-Reforma também o caminho que passava por Priscos terá soçobrado face ao principal trajeto que seguia desde Vila Nova de Famalicão através da Veiga de Penso, sublinhando o trajeto da ancestral via romana. Hoje sobram alguns indícios deste caminho em Arnoso, por onde passava antes de chegar a Priscos, no entanto há elementos ainda por decifrar.

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A atual Igreja Paroquial e seu Passal recuam ao final do século XVIII e estarão fundadas no mesmo lugar da primitiva sede paroquial e vetusta residência dos senhores de Priscos.

A IGREJA E SEU PASSAL

A Igreja Paroquial de Priscos, elevando-se no coração da freguesia, é resultado de uma reedificação efetuada no final do século XVIII. Em estilo neoclássico simples, forma com a Casa Paroquial o centro nevrálgico do território priscense. Mantendo a ancestral orientação dos templos cristãos, atesta a sua ancestralidade e concede-nos indícios a respeito da primitiva sede espácio-temporal da comunidade.

Dominando uma pequena elevação, o templo paroquial situa-se no coração da freguesia, numa posição de domínio sobre o território circundante. No seu flanco poente encontra-se a residência paroquial e seu prolongado passal. A nordeste está desde o último quartel do século XIX, o cemitério da freguesia. Centro cívico da comunidade, no seu entorno foram surgindo os principais espaços de convivência como os cafés, a escola primária, e até uma capela devotada ao Senhor dos Passos.

A escassos metros da Igreja localiza-se o lugar da Torre, plausível indício do espaço-sede residira o senhor de Priscos, que poderá ter dado lugar ao atual passal da paróquia. Com a ausência do poder feudal, que terá sucedido ao período medieval, o poder temporal terá transitado naturalmente para o seu Abade, à imagem do que sucedeu em muitas comunidades rurais do Entre-Douro-e-Minho.

Numa visitação à paróquia realizada em 1767 se ordenou ao Abade que providenciasse o enterramento de uma escultura de São Sebastião no interior da igreja, por esta se encontrar “indecentíssima”, “pobre” e por se achar “carcomida toda a madeira de que foi feita”. Ainda hoje a paróquia conserva esta evocação no altar de Santo António. Recorde-se que o culto a São Sebastião tornou-se muito frequente no decorrer da Idade Média, pelo facto de ser especial intercessor no tempo de fomes, pestes e guerras.

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As deficientes condições da paroquial de Priscos foram ficando sublinhadas nos relatórios elaborados pelos sucessivos visitadores desde meados do século XVIII. A exiguidade do espaço tornou imperativo que o sacerdote passasse a fazer as homilias no exterior do templo, de forma a que os fiéis pudessem acompanhar devidamente a explanação dos textos sagrados.

Alguns anos mais tarde se toma a paroquial priscense como “prisca, pequena e escura”, um indício das dificuldades provocadas pela exiguidade do espaço para praticar os ofícios divinos. Em outubro de 1790, o padre visitador insiste na necessidade de ser construída uma torre sineira, dado que “os sinos se não ouvem nos lugares mais remotos da freguesia”.

Dado que a provisão para se benzer a igreja de Santiago de Priscos data de 28 de junho de 1798, sabemos que a atual versão do templo datará desse período. É muito provável que o anterior templo se encontrasse no mesmo espaço do atual. A orientação nascente-poente com que está erigido indicia a existência de um anterior templo neste local, dado que no século XVIII já estava em desuso esse normativo. Essa orientação, que foi canónica até ao século XVI, permite-nos inferir a respeito de uma ancestral sacralização do local.

As obras de construção da nova igreja iniciaram-se em 1796, tendo-se prolongado ao longo de quatro anos.

A 22 de outubro de 1976 o Juiz da freguesia solicitou ao Visitador autorização para dar início às obras da nova igreja “porque já tinham planta com escritura de ajuste” e pretendiam aproveitar um generoso donativo de “3.000 cruzados” oferecido por um priscense emigrado nos Estados Unidos, destinado a auxiliar as obras da igreja, um valor significativo no contexto socioeconómico da época. Em 1797 o relatório do visitador menciona a necessidade de terminar “com possível brevidade” a obra da “capela maior que se acha principiada”.

Outro dado que possuímos referente ao templo é a edificação da sua torre sineira, cujo processo de construção é mencionado como urgente em 1790, no entanto apenas é construída no ano de 1800, dois anos após a conclusão do corpo do templo, tendo sido o seu autor José de Sousa (Rocha, 2012: 355). Na mesma empreitada incluiu-se também a construção da sacristia, embora a sua cobertura apenas tenha sido terminada oito anos depois.

Priscos cumpria desta forma, no final do século XVIII, a instrução emanada nas Constituições Sinodais de 1697, que obrigava as comunidades a deterem uma paroquial devidamente capacitada para administrar os sacramentos aos seus fiéis, na qual não deveria faltar um campanário com o seu sino.

Pela data assinalada na provisão poderemos também pressupor que a bênção do novo templo, momento de especial júbilo para a comunidade, terá coincidido com a celebração do padroeiro da freguesia, São Tiago, que se assinala a 25 de julho. Também desconhecemos se terá contado com a presença do Arcebispo Primaz de então, D. Frei Caetano Brandão (1790-1805), embora seja plausível admitir.

De arquitetura simples e com poucos ornamentos, a Igreja de Priscos destaca-se pela geografia em que está implantada.

Na fachada, além de duas placas referentes à paroquialidade do Abade Artur Lopes dos Santos, exibe-se dois conjuntos azulejares em honra das duas principais devoções priscenses: São Tiago e Nossa Senhora do Livramento.

O interior do templo, com uma capacidade que não chegará às duas centenas, apresenta cinco retábulos, um retábulo-mor, dois colaterais e outros dois, de menor dimensão, todos em estilo neoclássico tardio e policromados, onde se exibem imagens com as principais devoções da freguesia.

No retábulo-mor, além da imagem de Cristo crucificado, ao centro, venera-se lateralmente a imagem de São Tiago Maior, orago da freguesia, e de São Pedro. No retábulo colateral, do lado do Evangelho, encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Livramento, a mais importante escultura de arte-sacra existente no templo. No altar colateral do lado da Epístola expõe-se a imagem de Santo António.

No epílogo do corpo do templo erguem-se outros dois altares, de menores dimensões, mas em estilo similar, devotados a Nossa Senhora da Saúde, no lado do Evangelho, e ao Sagrado Coração de Jesus, na face oponente. Ambos foram aqui colocados na segunda metade do século XX. O retábulo do Sagrado Coração de Jesus foi uma iniciativa do padre Manuel Joaquim Machado Rebelo, que introduziu esta devoção na freguesia, juntamente com a delegação do Apostolado da Oração. O retábulo de Nossa Senhora da Saúde foi uma iniciativa do padre Artur Lopes dos Santos efetuada no início da década de 1940.

No teto, pintado em 1824 e restaurado entre 1994 e 1996, apresenta-se a figura de São Tiago Maior em destaque, enquadrada com a iconografia dos quatro evangelistas nos seus ângulos e complementada com a ilustração das fachadas da Sé Primaz e da Catedral de Santiago de Compostela.

O seu adro, amplo e espaçoso, é definido a nascente pela fachada do templo e a poente pela Casa Paroquial, formando um conjunto com relativa proporção e simetria.

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Possivelmente a Casa Paroquial terá sido alvo de uma reedificação na mesma data do templo. Com dois pisos e uma escadaria de acesso à entrada principal, protegida por um alpendre, na fachada destaca-se uma imagem de Santiago esculpida em pedra-de-Ançã, aparentando ter origem renascentista, que poderá ter pertencido à primitiva igreja paroquial. A Casa detém o seu alçado anterior voltado para o seu passal.

CRONOLOGIA

CRONOLOGIA

NO CAMINHO DE SANTIAGO

O orago da paróquia de Priscos é, desde sempre, São Tiago Maior, o apóstolo de Jesus Cristo que fez surgir um dos maiores lugares de peregrinação da Cristandade, cujos caminhos foram responsáveis pela definição do território de todo o noroeste peninsular. Apesar de não integrar o itinerário mais percorrido, sobram poucas dúvidas do vínculo de Priscos à peregrinação jacobeia através de um outro percurso cujos indícios permanecem. Era em Priscos que se cruzava o rio Este através da Ponte do Crasto e se fazia caminho até Braga, após passagem por Rates e Arnoso na rota iniciada em Vila do Conde.

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O período áureo das peregrinações a Santiago de Compostela sucedeu no decorrer da Idade Média e terá sido nesse momento que terá surgido o trajeto que, cumprindo uma das suas etapas em Priscos, ligava Vila do Conde à cidade de Braga, onde se juntava ao caminho principal. Esta hipótese, ainda não devidamente estudada, aparece-nos a partir do testemunho de José Manuel Ribeiro exposto por José Campos Ferreira.

Tem sido aventada a existência de um caminho transversal que ligava Vila do Conde a Braga, passando por Rates, lugar onde se encontrava o túmulo do mítico primeiro Bispo bracarense, S. Pedro de Rates, seguindo depois para a cidade de Braga, onde decorreria a imperativa visita à Sé Primaz.

Não há garantias do seu exato traçado, mas subsistem diversos indícios de algumas das suas etapas, além de Priscos e de um cruzeiro em Santa Maria de Arnoso. O Cruzeiro do Lugar da Quinta é um dos testemunhos desse caminho alternativo tomado pelos peregrinos de Santiago e que atravessaria Priscos. Datado de 1564, apresenta-se com uma coluna adornada com uma Pietá numa das faces e São Tiago, com um resplendor em forma de vieira, na outra face.

Antes disso certamente gozariam das benesses do Mosteiro de Arnoso, seguindo depois ao longo do regato rumo ao Cruzeiro da Quinta, situado na encruzilhada dos caminhos, sucedendo-se a travessia de caminhos agrícolas até Tebosa, que foi sede de um mosteiro medieval devotado a S. Salvador, continuando o caminho até Priscos, onde cruzavam o rio Este, seguindo até à cidade de Braga, a partir da qual tomariam o caminho principal na direção de Ponte de Lima.

Como sabemos os caminhos para Santiago de Compostela seguiam normalmente as principais vias de comunicação, onde o percurso se tornava mais célere e proporcionava as condições ideais para buscar hospedagem, água ou alimentos, sendo frequente a passagem por mosteiros, onde seriam acolhidos, e outros espaços de devoção emblemáticos. Apesar disso, coexistiam outros itinerários alternativos que percorriam outros lugares e, em determinado momento se vinculavam aos caminhos principais.

Este caminho teria sido o mais frequente para quem provinha do litoral da Arquidiocese de Braga até ao início do século XIV, momento em que a construção da ponte de Barcelos acabou por fortalecer o itinerário barcelense.

Além dos mosteiros, que funcionavam como albergues para os peregrinos, um dos elementos fundamentais era a travessia dos rios, dado que as pontes ou os embarcadouros apenas existiam em determinados lugares das suas margens. Por isso mesmo, localidades como Barcelos ou Ponte de Lima se destacaram como etapas fundamentais do Caminho de Santiago no Entre-Douro-e-Minho.

Apesar do rio Este não se revelar por deter um vigoroso caudal, nas épocas da invernia obrigava a um atravessamento estável, tal como seria proporcionado na ponte românica do Crasto, hoje conhecida pelas suas Alminhas, que era proporcionada na travessia de Priscos.

Com o declínio do fluxo de peregrinos que sucedeu à Contra-Reforma também o caminho que passava por Priscos terá soçobrado face ao principal trajeto que seguia desde Vila Nova de Famalicão através da Veiga de Penso, sublinhando o trajeto da ancestral via romana. Hoje sobram alguns indícios deste caminho em Arnoso, por onde passava antes de chegar a Priscos, no entanto há elementos ainda por decifrar.

MOIMENTA E CENSURES

A Paróquia de Priscos durante alguns séculos, deteve duas paróquias que lhe estavam anexas, o que significava que o seu Abade, não apenas beneficiava dos rendimentos dessas igrejas, como também deveria designar os seus respetivos vigários. Falamos das Paróquias de São Mamede de Sezures e de São Tome de Moimenta, ambas localizadas no vale do rio Este e menores em extensão e população.

A paróquia de São Tomé de Moimenta, cujo território corresponde à parcela sudeste do atual território priscense, foi extinta e unida definitivamente a Priscos a 18 de novembro de 1599.

A primitiva sede da paróquia de São Tomé de Moimenta, localizada no mesmo lugar toponímico, deverá ter desaparecido pouco depois da união definitiva com Priscos, dado que em 1741 a paróquia intima o casal Nicolau de Sousa e Josefa Maria, moradores na atual rua de São Vicente em Braga, a erigir uma capela com a invocação de São Tomé na sua quinta da freguesia de Santiago de Priscos. Esta capela corresponderá à que atualmente existe, precisamente adossada a uma casa senhorial setecentista. É provável que a primitiva paroquial de São Tomé de Moimenta se situasse nos terrenos desta quinta, daí a imposição prevista neste requerimento. Nesta capela, que deveria estar aberta ao culto público, em 1761 José António de Sousa, designado por assistente deste templo, solicitou autorização para colocar “um ou dois confessionários” e para “enterrar as pessoas que falecerem da casa”.

A Paróquia de São Mamede de Sezures, localizada uma légua a sul, numa posição mais distanciada do território priscense, é hoje uma paróquia autónoma, integrando o concelho e arciprestado de Vila Nova de Famalicão. Detendo pouco mais de 2 Km² e cerca de meio milhar de habitantes, deverá ter cessado a sua dependência de Priscos no decorrer do século XVIII.

MOIMENTA E CENSURES

A Paróquia de Priscos durante alguns séculos, deteve duas paróquias que lhe estavam anexas, o que significava que o seu Abade, não apenas beneficiava dos rendimentos dessas igrejas, como também deveria designar os seus respetivos vigários. Falamos das Paróquias de São Mamede de Sezures e de São Tome de Moimenta, ambas localizadas no vale do rio Este e menores em extensão e população.

A paróquia de São Tomé de Moimenta, cujo território corresponde à parcela sudeste do atual território priscense, foi extinta e unida definitivamente a Priscos a 18 de novembro de 1599.

A primitiva sede da paróquia de São Tomé de Moimenta, localizada no mesmo lugar toponímico, deverá ter desaparecido pouco depois da união definitiva com Priscos, dado que em 1741 a paróquia intima o casal Nicolau de Sousa e Josefa Maria, moradores na atual rua de São Vicente em Braga, a erigir uma capela com a invocação de São Tomé na sua quinta da freguesia de Santiago de Priscos. Esta capela corresponderá à que atualmente existe, precisamente adossada a uma casa senhorial setecentista. É provável que a primitiva paroquial de São Tomé de Moimenta se situasse nos terrenos desta quinta, daí a imposição prevista neste requerimento. Nesta capela, que deveria estar aberta ao culto público, em 1761 José António de Sousa, designado por assistente deste templo, solicitou autorização para colocar “um ou dois confessionários” e para “enterrar as pessoas que falecerem da casa”.

A Paróquia de São Mamede de Sezures, localizada uma légua a sul, numa posição mais distanciada do território priscense, é hoje uma paróquia autónoma, integrando o concelho e arciprestado de Vila Nova de Famalicão. Detendo pouco mais de 2 Km² e cerca de meio milhar de habitantes, deverá ter cessado a sua dependência de Priscos no decorrer do século XVIII.

CONFRARIAS E FESTAS

As associações de fiéis, nomeadamente confrarias e irmandades, foram especialmente fomentadas a partir do Concílio de Trento como forma de mobilizar os cristãos na vida da Igreja.
Priscos exibe um considerável historial de corporações religiosas.

Geralmente centradas numa evocação ou culto particular, as Confrarias estavam sediadas nos altares das respetivas devoções, detendo um conjunto de cerimoniais estatutários relacionados com a sua devoção tutelar.

Tal como as demais comunidades paroquiais, Priscos também exibe um considerável historial de corporações religiosas que coexistiram em determinados momentos da sua cronologia. Atualmente a paróquia de Priscos não tem qualquer corporação religiosa ativa.

As duas corporações que exibiram maior vitalidade ao longo da história da paróquia de Priscos foram a Irmandade de Nossa Senhora do Livramento e a Irmandade de Santo António, que são também as duas devoções mais destacadas no interior do templo, presidindo aos dois altares colaterais existentes.

A Irmandade (ou Confraria) de Santo António foi provida de estatutos apenas a 30 de março de 1740, no entanto é provável admitir uma existência anterior. A Irmandade de Nossa Senhora do Livramento viria a ser constituída mais tarde, recuando ao ano de 1780 a notícia mais antiga.

A mais antiga corporação registada na Paróquia de Priscos é a Confraria do Espírito Santo, recuando ao ano de 1617. Na documentação há também a referência à Confraria do Subsino já no final do século XVIII e à Confraria do Santíssimo Sacramento, referenciada nos auspícios do século XX.

Refira-se também a introdução de uma associação do Apostolado da Oração na paróquia, no início do século XX, por iniciativa do padre Manuel Joaquim Machado Rebelo, que também introduziu um retábulo dessa evocação no interior do templo. Todos os anos se realizava uma “grande festividade, com tríduo e práticas, a que dava grande esplendor” (Lage, 1956).

CRONOLOGIA


CRONOLOGIA

A devoção a Nossa Senhora do Livramento foi-se tornando progressivamente no mais relevante culto dos fiéis priscenses. A singular inclinação mariana do devocionário cristão acabou por revelar-se em Priscos através desta evocação mariana.

A confirmação dos Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, efetuada a favor dos seus oficiais e Irmãos, foi certificada a 24 de fevereiro de 1780. Apenas 11 anos depois, mais precisamente a 4 de novembro de 1791, seria efetuada uma adição aos mesmos Estatutos, facto que atesta a vitalidade da corporação iniciada. A imagem de Nossa Senhora do Livramento, que ainda hoje se destaca num dos altares colaterais da paroquial priscense, é um belíssimo exemplar de escultura barroca, que se destaca entre os demais exemplares de arte sacra existentes no espólio paroquial.

A Festa de Nossa Senhora do Livramento é o principal folguedo da freguesia de Priscos. Realizando-se anualmente no segundo fim-de-semana de agosto, é momento de especial reunião e convívio da comunidade. O ponto alto das festividades decorre na tarde de domingo com a realização de uma procissão pelas ruas da freguesia, na qual, além da imagem de Nossa Senhora do Livramento, são conduzidos andores com todas as imagens veneradas no interior da igreja paroquial.

No que concerne às festividades, fazendo jus ao seu orago, a paróquia continua a celebrar Santiago Maior a 25 de julho, sendo a sua principal festividade devotada a Nossa Senhora do Livramento no decorrer da segunda semana de agosto. Atualmente, o mais intenso momento comunitário é inquestionavelmente o Presépio Vivo que acontece desde 2006 associado aos festejos natalícios e é uma iniciativa do atual Abade de Priscos, o Padre João Torres Campos.

CONFRARIAS E FESTAS

As associações de fiéis, nomeadamente confrarias e irmandades, foram especialmente fomentadas a partir do Concílio de Trento como forma de mobilizar os cristãos na vida da Igreja.
Priscos exibe um considerável historial de corporações religiosas.

Geralmente centradas numa evocação ou culto particular, as Confrarias estavam sediadas nos altares das respetivas devoções, detendo um conjunto de cerimoniais estatutários relacionados com a sua devoção tutelar.

Tal como as demais comunidades paroquiais, Priscos também exibe um considerável historial de corporações religiosas que coexistiram em determinados momentos da sua cronologia. Atualmente a paróquia de Priscos não tem qualquer corporação religiosa ativa.

As duas corporações que exibiram maior vitalidade ao longo da história da paróquia de Priscos foram a Irmandade de Nossa Senhora do Livramento e a Irmandade de Santo António, que são também as duas devoções mais destacadas no interior do templo, presidindo aos dois altares colaterais existentes.

A Irmandade (ou Confraria) de Santo António foi provida de estatutos apenas a 30 de março de 1740, no entanto é provável admitir uma existência anterior. A Irmandade de Nossa Senhora do Livramento viria a ser constituída mais tarde, recuando ao ano de 1780 a notícia mais antiga.

A mais antiga corporação registada na Paróquia de Priscos é a Confraria do Espírito Santo, recuando ao ano de 1617. Na documentação há também a referência à Confraria do Subsino já no final do século XVIII e à Confraria do Santíssimo Sacramento, referenciada nos auspícios do século XX.

Refira-se também a introdução de uma associação do Apostolado da Oração na paróquia, no início do século XX, por iniciativa do padre Manuel Joaquim Machado Rebelo, que também introduziu um retábulo dessa evocação no interior do templo. Todos os anos se realizava uma “grande festividade, com tríduo e práticas, a que dava grande esplendor” (Lage, 1956).

CRONOLOGIA

CRONOLOGIA

A devoção a Nossa Senhora do Livramento foi-se tornando progressivamente no mais relevante culto dos fiéis priscenses. A singular inclinação mariana do devocionário cristão acabou por revelar-se em Priscos através desta evocação mariana.

A confirmação dos Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, efetuada a favor dos seus oficiais e Irmãos, foi certificada a 24 de fevereiro de 1780. Apenas 11 anos depois, mais precisamente a 4 de novembro de 1791, seria efetuada uma adição aos mesmos Estatutos, facto que atesta a vitalidade da corporação iniciada. A imagem de Nossa Senhora do Livramento, que ainda hoje se destaca num dos altares colaterais da paroquial priscense, é um belíssimo exemplar de escultura barroca, que se destaca entre os demais exemplares de arte sacra existentes no espólio paroquial.

A Festa de Nossa Senhora do Livramento é o principal folguedo da freguesia de Priscos. Realizando-se anualmente no segundo fim-de-semana de agosto, é momento de especial reunião e convívio da comunidade. O ponto alto das festividades decorre na tarde de domingo com a realização de uma procissão pelas ruas da freguesia, na qual, além da imagem de Nossa Senhora do Livramento, são conduzidos andores com todas as imagens veneradas no interior da igreja paroquial.

No que concerne às festividades, fazendo jus ao seu orago, a paróquia continua a celebrar Santiago Maior a 25 de julho, sendo a sua principal festividade devotada a Nossa Senhora do Livramento no decorrer da segunda semana de agosto. Atualmente, o mais intenso momento comunitário é inquestionavelmente o Presépio Vivo que acontece desde 2006 associado aos festejos natalícios e é uma iniciativa do atual Abade de Priscos, o Padre João Torres Campos.

A devoção a Nossa Senhora do Livramento foi-se tornando progressivamente no mais relevante culto dos fiéis priscenses. A singular inclinação mariana do devocionário cristão acabou por revelar-se em Priscos através desta evocação mariana.

A confirmação dos Estatutos da Irmandade de Nossa Senhora do Livramento, efetuada a favor dos seus oficiais e Irmãos, foi certificada a 24 de fevereiro de 1780. Apenas 11 anos depois, mais precisamente a 4 de novembro de 1791, seria efetuada uma adição aos mesmos Estatutos, facto que atesta a vitalidade da corporação iniciada. A imagem de Nossa Senhora do Livramento, que ainda hoje se destaca num dos altares colaterais da paroquial priscense, é um belíssimo exemplar de escultura barroca, que se destaca entre os demais exemplares de arte sacra existentes no espólio paroquial.

A Festa de Nossa Senhora do Livramento é o principal folguedo da freguesia de Priscos. Realizando-se anualmente no segundo fim-de-semana de agosto, é momento de especial reunião e convívio da comunidade. O ponto alto das festividades decorre na tarde de domingo com a realização de uma procissão pelas ruas da freguesia, na qual, além da imagem de Nossa Senhora do Livramento, são conduzidos andores com todas as imagens veneradas no interior da igreja paroquial.

No que concerne às festividades, fazendo jus ao seu orago, a paróquia continua a celebrar Santiago Maior a 25 de julho, sendo a sua principal festividade devotada a Nossa Senhora do Livramento no decorrer da segunda semana de agosto. Atualmente, o mais intenso momento comunitário é inquestionavelmente o Presépio Vivo que acontece desde 2006 associado aos festejos natalícios e é uma iniciativa do atual Abade de Priscos, o Padre João Torres Campos.