O ABADE COZINHEIRO
O ABADE COZINHEIRO

Manuel Joaquim Rebelo (1834-1930) poderia ter ficado para a história apenas como mais um dos vigários da freguesia de Priscos. Porém, a sua particular devoção à gastronomia acabou por reservar-lhe um especial lugar no contexto da culinária nacional. Na mesa do Abade de Priscos, tal como era designado, sentaram-se reis, ministros e bispos. O pudim por si confecionado é, até hoje, o maior embaixador de Priscos.

Manuel Joaquim Rebelo (1834-1930) poderia ter ficado para a história apenas como mais um dos vigários da freguesia de Priscos. Porém, a sua particular devoção à gastronomia acabou por reservar-lhe um especial lugar no contexto da culinária nacional. Na mesa do Abade de Priscos, tal como era designado, sentaram-se reis, ministros e bispos. O pudim por si confecionado é, até hoje, o maior embaixador de Priscos.
Nascido a 29 de março de 1834 na freguesia de Turiz, que hoje integra o concelho de Vila Verde, mas ao tempo fazia parte do extinto concelho de Larim, é proveniente de uma abastada família de agricultores, do qual foi o quatro filho.
Manuel Joaquim Machado Rebelo cedo manifestou a sua vocação ao sacerdócio, que sairia reforçada com a decisão do seu irmão Luís Manuel, quatro anos mais velho, em seguir para o seminário, no qual ingressaria em 1854.
Nascido a 29 de março de 1834 na freguesia de Turiz, que hoje integra o concelho de Vila Verde, mas ao tempo fazia parte do extinto concelho de Larim, é proveniente de uma abastada família de agricultores, do qual foi o quatro filho.
Manuel Joaquim Machado Rebelo cedo manifestou a sua vocação ao sacerdócio, que sairia reforçada com a decisão do seu irmão Luís Manuel, quatro anos mais velho, em seguir para o seminário, no qual ingressaria em 1854.
Um cozinheiro muito poupado

Não se pense, porém, que o Abade de Priscos era um oneroso chef de cozinha. Todos os serviços que prestava eram efetuados a título gracioso, beneficiando apenas do prazer, eaté sentido de missão, que lhe era concedido ao assumir a responsabilidade pela confeção de uma refeição. E empregava o mesmo empenho e dedicação fosse o Rei ou o Arcebispo, ou uma humilde família a sentar-se à mesa. Um dos episódios relatado revela-nos a preparação de um repasto para alguns membros do clero, a pedido do Arcebispo D. Manuel Baptista da Cunha. Instado a fazer a lista de compras, o prelado bracarense achou exígua a quantidade de batatas e referiu: “Pense bem. Há dias o meu cozinheiro comprou muito maior porção de batatas para um jantar com menor número de pessoas. Veja lá, não vamos ficar mal”. O Abade riu-se e disse: “Senhor Arcebispo, com essa quantidade de batatas, eu sustentava o meu porco meio ano.” O requinte da sua culinária não estava na quantidade ou qualidade dos produtos, mas na forma e talento com que eram confecionados.
Um cozinheiro muito poupado

Não se pense, porém, que o Abade de Priscos era um oneroso chef de cozinha. Todos os serviços que prestava eram efetuados a título gracioso, beneficiando apenas do prazer, eaté sentido de missão, que lhe era concedido ao assumir a responsabilidade pela confeção de uma refeição. E empregava o mesmo empenho e dedicação fosse o Rei ou o Arcebispo, ou uma humilde família a sentar-se à mesa. Um dos episódios relatado revela-nos a preparação de um repasto para alguns membros do clero, a pedido do Arcebispo D. Manuel Baptista da Cunha. Instado a fazer a lista de compras, o prelado bracarense achou exígua a quantidade de batatas e referiu: “Pense bem. Há dias o meu cozinheiro comprou muito maior porção de batatas para um jantar com menor número de pessoas. Veja lá, não vamos ficar mal”. O Abade riu-se e disse: “Senhor Arcebispo, com essa quantidade de batatas, eu sustentava o meu porco meio ano.” O requinte da sua culinária não estava na quantidade ou qualidade dos produtos, mas na forma e talento com que eram confecionados.
Um cozinheiro muito poupado

Não se pense, porém, que o Abade de Priscos era um oneroso chef de cozinha. Todos os serviços que prestava eram efetuados a título gracioso, beneficiando apenas do prazer, eaté sentido de missão, que lhe era concedido ao assumir a responsabilidade pela confeção de uma refeição. E empregava o mesmo empenho e dedicação fosse o Rei ou o Arcebispo, ou uma humilde família a sentar-se à mesa. Um dos episódios relatado revela-nos a preparação de um repasto para alguns membros do clero, a pedido do Arcebispo D. Manuel Baptista da Cunha. Instado a fazer a lista de compras, o prelado bracarense achou exígua a quantidade de batatas e referiu: “Pense bem. Há dias o meu cozinheiro comprou muito maior porção de batatas para um jantar com menor número de pessoas. Veja lá, não vamos ficar mal”. O Abade riu-se e disse: “Senhor Arcebispo, com essa quantidade de batatas, eu sustentava o meu porco meio ano.” O requinte da sua culinária não estava na quantidade ou qualidade dos produtos, mas na forma e talento com que eram confecionados.
O PUDIM
O PUDIM
DAR PALHA AO REI
DAR PALHA AO REI
O “INVENTOR” DO ABADE
O “INVENTOR” DO ABADE
PE. MANUEL REBELO
PE. MANUEL REBELO





